NOVIDADES

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Relatório Primeiro Ano de Atividades (2009-2010)


3 - AÇÕES REALIZADAS PARA EXECUÇÃO DA AVENÇA DA PROPOSTA

Uma das primeiras ações realizadas pelo Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte foi a definição da equipe de trabalho, constituindo assim uma equipe de coordenação participativa.

As atividades do Pontão TERRA VIVA, TERRA DE ARTE envolveram 20 assentamentos de reforma agrária do Ceará, estimando uma população de mais de 100.000 pessoas envolvidas direta e indiretamente. Assim, o trabalho cultural precisava de uma equipe constituída de uma grande equipe de coordenação, capaz de gerenciar a imensidão dessas ações de modo a colaborar para o encaminhamento de bons resultados.

A equipe de Coordenação Geral é composta por Margarida Rodrigues, assentada de Todos os Santos, e Altemar di Monteiro, produtor cultural de Fortaleza-CE, além da assessoria do Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária, do INCRA-CE. Tivemos como apoio e assistência técnica de Silma Magalhães, Sâmara Amaral, Everaldo Rodrigues, Edite Lima, Emanuel Rodrigues e Natanael Rodrigues, que juntos puderam colaborar na produção, gestão, realização e divulgação das atividades realizadas.

Nesse processo de constituição de uma equipe de coordenação foi imprescindível a existência dos Articuladores do Pontão nas comunidades envolvidas, lideres comunitária que mobilizaram os participantes, articularam as ações e a comunidade. Os articuladores são:

  • Margarida Rodrigues | Assentamento Todos os Santos – Canindé;
  • Valneide | Assentamento Caetanos de Cima - Sabiaguaba - Amontada;
  • Antonieta Santana | Assentamento Tiracanga – Canindé;
  • João Paulo Lima e Margarida Lima | Assentamento Barra do Leme – Pentecoste;
  • Marli Camelo | Assentamento Santana – Monsenhor Tabosa;
  • Ivaniza Martins | Assentamentos Lagoa do Mineiro – Itarema, Patos / Bela Vista – Amontada, Pachicu – Itarema, e Salgado Comprido – Itarema;
  • Josélia Paulino | Assentamento Boa Água Trapiá – Banabuiu;
  • Marizete Olivindo | Assentamento Valparaiso – Tianguá;
  • Kaliano Baldino | Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte;
  • Cassimiro de Sousa | Assentamento Mucuim – Arneiroz;
  • Irmã Maria José (in memorian) | Assentamento Jucá Grosso – Morada Nova;
  • Irmã Bernadete Santana | Assentamento Zé Lourenço – Chorozinho;
  • Zildene Nogueira | Assentamento Coqueirinho – Fortim.

Dessa forma, durante as capacitações, intercâmbios, apresentações e na gestão do Pontão, exercida de forma compartilhada, as comunidades se fizeram presentes, contribuindo para que essas atividades fossem realizadas de maneira produtiva, objetivando a melhoria dos assentamentos de uma forma geral. Assim, envolvendo o máximo de pessoas, articuladas pela Associação dos Pequenos Trabalhadores Organizados do Projeto de Assentamento Todos os Santos, foram sempre analisados os aspectos e impactos sócio-culturais e econômicos do projeto nas comunidades.

Num terceiro momento, fizemos a seleção dos pro para a facilitação de oficinas e montagem de espetáculos. Tentamos envolver o máximo de profissionais, de modo a colaborar para o intercâmbio artístico e a troca de experiências entre os grupos dos assentamentos e os grupos dos profissionais envolvidos. Os facilitadores selecionados foram:

§  Altemar di Monteiro Nóis de Teatro/ Fortaleza - CE
§  Anália Timbó – Cia Vidança/ Fortaleza - CE;
§  Anderson Silva – Grupo Miraíra/ Fortaleza - CE;
§  Augusto Medeiros – Grupo de Arte Estreytho/ Canindé- CE
§  Cleydson Catarina – Cavaleiros da Dama Pobreza/ Fortaleza - CE;
§  Graça Freitas – Grupo Formosura de Teatro/ Fortaleza - CE;
§  Jomar Carramanhos – Grupo Miraíra/ Fortaleza - CE;
§  Josernany Oliveira – Circo do Sopé/ Crato – CE;
§  Júnio Santos – Cervantes do Brasil/ Apodi - RN;
§  Murilo Ramos – Trupe Caba de Chegar/ Fortaleza - CE;
§  Natanael Silva – Grupo de Teatro Carrapicho/ Canindé – CE;
§  Parahyba – Companhia Bate Palmas/ Fortaleza - CE;
§  Vanéssia Gomes – Teatro de Caretas/ Fortaleza – CE;
§  Tatiana Valente – Cia Ponto Dança / Fortaleza – CE.

3.1 - OFICINAS DE TEATRO COM MONTAGENS PREVISTAS

Grupo de Teatro Carrapicho – Assentamento Todos os Santos – Canindé
Facilitadores: Natanael Rodrigues e Altemar di Monteiro
Oficina de Voz: 50 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Corpo: 50 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 110 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção Teatral: 70 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: A Farra do Boi Carrapicho
A Farra do Boi Carrapicho tem como ponto de partida a brincadeira dos personagens da Cultura popular Mateus e Catirina em torno da língua do boi do capitão. O Teatro Carrapicho é o grupo anfitrião e realizador das ações do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. O grupo, que existe há 10 anos tem passado por um processo enorme de amadurecimento artístico e cultural, representando a arte dos assentamentos nos mais diversos espaços e eventos culturais. Recentemente o grupo ganhou o Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua, como forma de reconhecimento do trabalho feito na comunidade.

TEXTO E DIREÇÃO Altemar di Monteiro FIGURINOS E ADEREÇOS Altemar di Monteiro e Cleydson Catarina FIGURAS Graça Freitas MAQUIAGEM O grupo ELENCO Natanael Rodrigues, Emanuel Rodrigues, Jonas Alves, Antonio Jacson, Josy Santos, Acrísio Alves, Cileide Teles, Elenilda Zê, Valdeci Santos, Marcelina Teles, Ronaldo Uchoa, Evangelina, Edvan de Sousa, Naele Ferreira e Pedro COORDENADORA DO PONTÃO Margarida Rodrigues

Grupo de Teatro Muc’Arte – Assentamento Mucuim – Arneiroz
Facilitador: Murillo Ramos
Oficina de Corpo: 40h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 80h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção Teatral: 50h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: “Severino Saltimbanco”
O espetáculo é resultado de um processo de pesquisa dramatúrgica de dois reconhecidos textos da dramaturgia brasileira: “Morte e Vida Severina” e “Os Saltimbancos”. Nas vivências de análise corporal foi buscado o momento de “Severino” e de “Saltimbanco”, usando a estética popular para ser apresentada em todos os locais, com elementos da música e do circo. Trabalhamos com rupturas do tempo lógico para dar maior criticidade à encenação. As músicas do espetáculo ganharam novas roupagens, algumas sendo transformadas em maracatus e xotes, dando uma estética nordestina ao trabalho e aproximando a encenação ao universo dos atores. “Severino Saltimbanco” não é nenhuma tragédia, nem uma comédia, é mais um documento sobre as relações de trabalho e do ofício do próprio artista. É uma crítica a tudo que nos oprime e nos faz deixar de sonhar.

DIREÇÃO Murillo Ramos CONFECÇÃO DE FIGURINOS Vanda DIREÇÃO MUSICAL Deca Germano ELENCO Antônio Alberto Lima, Elizângela Severino, Marciana da Silva, Kessiane Braga, Nicélia Alves, Marciana Oliveira, Leonardo Alves, Gabriela Alves, Deca Germano, Erislânia Lopes, Gabriel Sousa, Ludimila Enoque, Danielle Severino e Cícero Eslavoney ARTICULADOR DO PONTÃO Seu Casimiro

Grupo de Teatro Filhos do Sertão – Assentamento Jucá Grosso – Morada Nova
Facilitador: Cleydson Catarina
Oficina de Voz: 45 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Corpo: 30 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 65 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção Teatral: 30 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: A Saga de Catirina e e Mateus Pela Terra Prometida aos Filhos Seus
A trama se passa numa cidadezinha do sertão nordestino. Catirina e Mateus são andarilhos que buscam um “pedacinho de terra” para morar com os filhos. Na feira da cidade aprontam a maior confusão com os feirantes. Nesse mesmo local chega coronel Bisâncio, o dono de todas as terras da redondeza. Catirina, num gesto de esperteza, ganha a confiança do coronel e um lugar para morar. Na fazenda, Mateus e Catirina descobrem um encanto que deve ser quebrado para a prosperidade deles e dos trabalhadores da terra.

DIREÇÃO Cleydson Catarina ASSISTENTE DE DIREÇÃO Ronaldo Queiroz FIGURINOS Cleydson Catarina ELENCO Cesar Filho Lourenço, Natalia do Nascimento, Rafael Silveira, João Lourenço da Silva, Rafael Ribeiro, Mônica da Silva, Anderson Nascimento, Bruna Kézia Lourenço, Brena Lourenço, Jane Meire Nobre, Luedna Madila, Luédila Nádida, Diego dos Santos, Diogo dos Santos, Lucileudo Cordeiro e Rosângela da Silva ARTICULADORA DO PONTÃO Irmã Maria José

Grupo de Teatro Vida & Arte – Assentamento Zé Lourenço – Chorozinho
Facilitadora: Vanéssia Gomes
Oficina de Corpo: 40 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 80 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção Teatral: 50 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Auto do Caldeirão
Artaud dizia que o teatro precisava ter o impacto de uma blitz policial ou, ainda mais, da realidade desencadeada pela peste. O Auto do Caldeirão está concebido como uma ocupação do MST, que une luta, construção e festa. A idéia é que os brincantes em cortejo invadam literalmente o local do auto, abrindo espaço entre a platéia e instalem um processo de ocupação, em que o trabalho construtivo do grupo seja permeado pela alegria de estar levantando o novo, para desembocar na tensão da disputa que se estabelecerá entre caos e cosmos.
Entremeado de bailados e canções, o espetáculo deverá ter a contundência de um fato vivo e único. Deveremos estabelecer uma realidade de grande impacto visual e sonoro, com movimentação vigorosa e atuação incisiva.

DIREÇÃO Vanéssia Gomes TEXTO Oswald Barroso ELENCO Luis Gleidson, Daiane da Silva, Jean Lopes, Esterlânio Rufino, Patrícia Oliveira, Antonia Jonata, Talia do Nascimento, Damião da Silva, Valdiésio Leandro, Alisson de Castro, Laís de Sousa, Andréa Rufino, Edilene Rodrigues, Jarlene Lopes, Mônica da Silva, Ivirlene Melo e Lelciane Leandro ARTICULADORA DO PONTÃO Irmã Bernadete Santana

Grupo Locomotivas de Teatro– Assentamento Coqueirinho – Fortim
Facilitador: Júnio Santos

Oficina de Corpo: 40 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 80 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção Teatral: 50 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Coqueirinho, Terra de Todos Nós
O espetáculo conta a história de luta pela terra do Assentamento Coqueirinho no município de Fortim e as conquistas, frutos da organização e mobilização da comunidade, tais como: Turismo Comunitário, apicultura, horta orgânica, caprinocultura, Núcleo de Audiovisual - NUAC, pesquisa e fabricação de cosméticos a partir de plantas nativas, respeito ao meio ambiente e o grupo de teatro Locomotiva.
Recheado de poesias e músicas, o espetáculo foi sendo construído durante a realização das oficinas do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, contando também com assessoria das lideranças do assentamento que em uma roda de conversa lembraram e contaram todo processo de conquista da terra.

FACILITAÇÃO CÊNICA E MÚSICAS Júnio Santos TEXTO Criação Coletiva FIGURINO Coletivo ELENCO Adonilson dos Santos, Sandrinho do Nascimento, Aldelício Neto, Suelen Paraguai, Raquel Nascimento, Nicolas Kevin, Larissa Nogueira, Alessandro Gomes, Andreia do Nascimento, Samuel do Nascimento e David Nogueira ARTICULADORA DO PONTÃO Zildene

Coletivo de Mulheres Dramistas da Lagoa do Mineiro – Assentamento Lagoa do Mineiro – Itarema
Facilitadora: Graça Freitas
Oficina de Voz: 140 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Dança Contemporânea: 30 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Dança Popular: 50 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Drama da Lagoa do Mineiro
O espetáculo “O Drama da Lagoa do Mineiro” conta, com atores e bonecos, a história da luta e conquista da terra pelos moradores daquela localidade. É um espetáculo que une a experiência das mulheres dramistas do assentamento, a juventude e crianças. É na realidade um encontro de gerações. O drama é narrado pelas mulheres e representado por mamulengos que encenam os conflitos entre os trabalhadores rurais e o proprietário da terra, além das ameaças e perseguições que culminaram na morte de 03 agricultores. Os protagonistas desta história são homens e mulheres que tiram da terra o sustento e nela se fortalecem à medida que criam raízes e constroem referências culturais e artísticas que os identificam.
O Assentamento Lagoa do Mineiro conquistou a terra, mas a luta continua, a luta pela liberdade, justiça, e dignidade humana.

Direção Graça Freitas TEXTO Criação Coletiva CONFECÇÃO DE BONECOS E ADEREÇOS O grupo FIGURNINO Graça Freitas e Neide Martins CENÁRIO A direção ELENCO Ivaniza Martins, Maria Adélia, Francisca Martins Nascimento, Raimunda Irineu, Tereza Militão, Milena de Sousa, Liliana Martins, Ana Lucia Izaquiel, Viviane Isaquiel, Gerlane Martins, Kelvia Martins, Francisca Martins Silva, Expedito Martins, José Arimatéia, Fransciso de Assis ARTICULADORA DO PONTÃO Ivaniza Martins

Grupo de Teatro Caricultura– Assentamento Barra do Leme – Pentecoste
Facilitador: Júnio Santos
Espetáculo montado com horas/aulas de contrapartida. (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Percursos da Natureza
O espetáculo é uma criação coletiva do Grupo Caricultura. É uma leitura do mundo. Fala do que o planeta Terra, vítima da ação do homem, está tentando dizer para a humanidade, e sobre o que pretendemos fazer diante dessa problemática.
No espetáculo, os elementos da natureza estão em diálogo constante (Água, Fogo, Homem, Metal e Ar): Quem dessa vez destrói o planeta? Encontramos o que restou da humanidade no meio de todas as invenções ultrapassadas e o que resta é o lixo, de onde ele tenta sobreviver. Eis que surge a consciência humana, pesada, mas sempre com esperança. Será que temos uma outra chance?

FACILITAÇÃO Júnio Santos TEXTO Manoel Inácio e Margarida Lima ELENCO Manoel Inácio, Irene Maira, Cláudia Costa, Vangela Sousa, Sâmara Costa, Adriano Gomes, Joelma Araujo, Ana Terra Lima, Márcio Anderson, Marta Nascimento, João Paulo Lima, Margarida Lima, Sandino Cavalcante, Ana Raquel, Aldenira Vasconcelos, Maria Elizabete, Brena, Vitoria, Ivania de Cavalcante CONTRIBUIÇÕES FUNDAMENTAIS Júnio Santos, Felippo Rodrigo e Cleydson Catarina ARTICULADORES DO PONTÃO João Paulo Lima, Margarida Lima, Márcio Anderson e Irene Maira

Grupo de Teatro Terrearte– Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte
Facilitador: Filippo Rodrigo
Oficina de Voz: 45 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Corpo: 30 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Interpretação: 65 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Direção: 30 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Tudo é Brincadeira
O Espetáculo Teatral “Tudo è Brincadeira” foi criado a partir de vivências com as mais diversas crianças do nordeste brasileiro. É uma viajem ao universo mágico da criança: suas brincadeiras, seus jogos, seus medos e seus anseios. Trata-se de um espetáculo festivo, onde brincadeiras e manifestações populares interagem entre si a todo o momento. Outro ponto forte do espetáculo é a reflexão que as crianças trazem a tona sobre seus direitos e deveres, sobre o mundo e sua constituição cada vez mais excludente. Tudo isso com muita música, poesia e o que toda criança gosta e tem o direito de fazer: Brincar!!!

DIREÇÃO Felippo Rodrigo TEXTO Júnio Santos, Ray Lima, Zé Cordeiro, Pedro Bandeira e Marcio Santos MÚSICAS Júnio Santos, Filippo Rodrigo e Domínio Popular FIGURINO Júnio Santos, Filippo Rodrigo e Temir Fogo ADEREÇOS Temir Fogo ELENCO Adriana Holanda, Ana Beatriz, Vitoria Macedo, Italo Macedo e Josimaria Rodrigues, Elisiane Nobre, Elias Nobre, Vanessa Ribeiro, Maiara de Souza, Jane Kelvia, Georgina Holanda, Eduarda Santhiago, Gêania Macedo, Liliana Soares, Caique Macedo e Janaína Macedo ARTICULADOR PONTÃO Kaliano Baldino

3.2 - OFICINAS DE DANÇA COM MONTAGENS PREVISTAS

Grupo de Dança Sementes da Terra – Assentamento Valparaíso – Tianguá
Facilitadoras: Anália Timbó e Elisilene Mesquita
Oficina de Dança Contemporânea: 100 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Dança Popular: 90 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Montagem: 150 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Ventos e Vales – Caminhos de Seguir
Agente vinha de longe, e daqui mesmo. Éramos muitos. Éramos Povo. Milhares de estrelas havia no Vale. Havia ventos; seguimos com eles, caminhos de ir.
Chegamos. A terra sonhada agora era vida repartida. Perguntamos: agente traça um futuro aqui? Havia Ventos e Vales. E as manhãs de cada dia apontavam para o que sempre se soube sonhar. Agora, hora o verde Vale fica dentro e é puro sonho. Hora o vale fica o verde sonho do que vai vir.
Plantemos o amanhã agora. Ainda uma vez, vamos? Chegamos nas flores, fizemos clareiras, fogueiras, contamos histórias de ontem e de hoje. Caminhos de nunca chegar.
Tocamos a pele, as areias, os riachos daqui. Fizemos os corpos virar cor. Folhas e ventos. Noite e lua. Chuva e vento. O Paraíso era o sonho perto, que acordava nosso olhar. Pesamos nas folhas secas hora verdes como quem pisa estrelas (tanto o luar!). E vimos que os ventos e os vales que dançavam através de nós eram as andanças de todos. Dançar é trazer a pele da música pra tecer o sonho do Vale Paraíso: Valparaiso.

DIREÇÃO Anália Timbó e Elisilene Mesquita FIGURINOS Cia Vidança ELENCO Antônio Eudes, Antônio Carlos, Maria Lúcia, Ana Lúcia, Ana Maria, Jéssica Silva, Érica Sá, Bruna dos Santos, Maria Auricélia, Daniele Sousa, Vera Lúcia, Juliane Paulino e Antônia Beatriz ARTICULADORAS DO PONTÃO Marizete e Vera Lúcia

Grupo de Dança Raízes da Terra – Assentamento Tiracanga – Canindé
Facilitador: Augusto Medeiros
Oficina de Dança Contemporânea: 70h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Dança Popular: 35 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Montagem: 35 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: 20 anos sem Gonzaga, 20 anos sem a sanfona de ouro
O espetáculo é uma mescla de dança e interpretação teatral que homenageia um ícone da cultura sertaneja, grande propulsor e divulgador dos costumes tradicionais e folclóricos do sertão. Luiz Gonzaga do Nascimento, o nosso Rei do Baião Luiz Lua Gonzaga.

DIREÇÃO Augusto Medeiros FIGURINOS Criação Coletiva BAILARINOS Aline Silva, Ana Elda Lira, Anaclécia Santana, Carliane Lopes, Carlos Lira, Charles da Silva, Cheliane Silva, Cleilson Pereira, Cleilson Tavares, Erivagner Germano, Erivanda Pereira, Eveleni Santos, Fagner Silva, Núbia Barbosa, Regineudo Santos, Rosimeire Lira, Vander Junior, Vanderley Gomes e Cleciane Santana ARTICULADORA DO PONTÃO Antonieta

Grupo de Dança Boartes– Assentamento Boa Água/ Trapia – Banabuiu
Facilitador: Jomar Carramanhos
Oficina de Dança Contemporânea: 70h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Dança Popular: 35 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Montagem: 35 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Nossa Terra – Terra de Arte e Cultura
O dia-a-dia, a tradição, o fazer do homem simples e seu momentos de lazer tornam-se arte quando passamos a compreender o que esse "homem simples" fala por seus gestos e movimentos... Transformamos em dança esse cotidiano mergulhando no universo tradicional do sertão cearense e na contemporaneidade de seus movimentos. A lavadeira nos rios, o vaqueiro com seu aboio, os homens ligados à terra e as mocinhas à espera de um amor são alguns tipos de personagens encontrados nessa "Nossa Terra", cheia de arte e cultura.

Direção Jomar Carramanhos BAILARINOS Brenda Silva, Caroline Brito, Line Brito, Josélia Paulino, Mondiany Sousa, Luana Oliveira, Manuelly Felício, Micheli Felício, Wilson Silva, Arnaldo Fernandes, Maximiana Sousa, Mecias Pereira, Rodolfo Teófilo, Conceição Oliveira e Rogivan Britto ARTICULADORA DO PONTÃO Josélia Paulino

3.3 - OFICINAS DE MÚSICA COM MONTAGENS PREVISTAS

Grupo Musical Sons da Terra– Assentamentos do Litoral– Itarema e Amontada
Facilitador: Parahyba
Oficina de Confecção de instrumentos: 40 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Percussão: 40 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Flauta: 320 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina de Montagem: 80 h/a (Relatório em Anexo)

Espetáculo Montado: Sons da Terra
Sons da Terra é um espetáculo das misturas musicais de um nordeste rural e contemporâneo. Tem o batuque e os tambores dos adolescentes, a banda da “velha guarda” com baixo, guitarra, teclado, sanfona e vocais da Lagoa do Mineiro. Juntam-se a eles as Dramistas de Salgado Comprido com Dona Rita Paulo (cantora e pandeirista), Felisberto Manoel (violeiro cantador) de Patos Bela Vista.
Dessa mistura de gerações e artistas da reforma agrária nasceu um espetáculo multicultural com sonoridades que vêm desde a tradição medieval dos violeiros à contemporaneidade de instrumentos musicais confeccionados com sucata.

Direção Parahyba MÚSICAS Criação Coletiva CONFECÇÃO DE FIGURINOS Cristiano BATUQUEIROS Edvaldo Paiva, Ruan Rodrigues, Joab Araujo, Alex da Silva, Wilson Carlos, Expedito de Andrade, Mateus Marx Martins, Flaubiano Gomes, Gleison da Silva, Raimundo Nonato de Castro, Nicolas Farias e Danilo de Castro BANDA Gerciano dos Santos, Wilson do Nascimento, Antonio Bezouro, Ivaniza Martins, Antonia Jose de Lima, Rita Galdino e Felisberto Manoel DRAMISTAS Maria das Dores Alves, Rita Paulo de Sousa, Maria Miguel, Dona Ita, Maria Mercê, Marcilene Alves e Ticiane Alves. ARTICULADORA DO PONTÃO Ivaniza Martins

3.4 - CURSOS LIVRES

Grupo de Dança Raízes da Terra– Assentamento Santana– Monsenhor Tabosa
Facilitador: Tatiana Valente – Grupo Ponto Dança
Oficina de Dança Popular: 60 h/a (Relatório em Anexo)

Grupo de Teatro Caricultura– Assentamento Barra do Leme– Pentecoste
Facilitador: Altemar di Monteiro – Grupo Nóis de Teatro
Oficina de Interpretação: 30 h/a (Relatório em Anexo)

Grupo de Teatro Muc’arte– Assentamento Mucuim– Arneiroz
Facilitador: Josernany Oliveira – Circo do Sopé
Oficina de Corpo: 20 h/a (Relatório em Anexo)

3.5 - OFICINAS DE CULTURA PARA GRUPOS E COMUNIDADE (TEATRO, DANÇA, MÚSICA, CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E OUTROS)
Horas Realizadas: 224 h/a

Oficina de Percussão – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Filippo Rodrigo, do Grupo Cervantes (Icapui-CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Centro de Treinamento de Canindé, teve como objetivo a preparação dos grupos envolvidos no Festival para a realização de cortejos e sonorização de cenas teatrais. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Iniciação Teatral – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Gleilton Silva e Duda Lemos, do Grupo Nóis de Teatro (Fortaleza- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Pólo de Cultura – Escola de Segundo Tempo de Canindé, teve como objetivo instigar os grupos de dança e música para o conhecimento das artes dramáticas. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Teatro do Oprimido – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Vanéssia Gomes, do Grupo Caretas (Fortaleza- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Centro de Treinamento de Canindé, teve como objetivo discutir os preceitos de Augusto Boal no Teatro do Oprimido, Teatro Fórum e Teatro do Invisivel. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Noções Básicas de Direção Teatral – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Murillo Ramos, da Trupe Caba de Chegar (Fortaleza- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Centro de Treinamento de Canindé, teve como objetivo discutir noções básicas de direção com o intuito de formar artisticamente as lideranças dos grupos de teatro dos assentamentos. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Técnica Vocal – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Cleydson Catarina, do Grupo Cavaleiros da Dama Pobreza (Fortaleza- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Pólo de Cultura – Escola de Segundo Tempo de Canindé, teve como objetivo trabalhar técnicas vocais e de canto para os grupos culturais dos assentamentos. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Contação de Histórias – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Inácio e Ivânia, do Grupo Caricultura (Assentamento Barra do Leme- Pentecoste- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Pólo de Cultura – Escola de Segundo Tempo de Canindé, teve como objetivo trabalhar contação de histórias com as crianças dos grupos culturais dos assentamentos. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Danças Populares – 8 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Augusto Medeiros, do Grupo Strytho (Canindé- CE), no Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. A oficina, que ocorreu no Centro de Treinamento de Canindé, teve como objetivo trabalhar danças tradicionais e populares com os grupos culturais dos assentamentos. Participaram da oficina representantes dos grupos envolvidos no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e da sede do município de Canindé- CE.

Oficina de Manutenção de Espetáculo Teatral – 18 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Altemar di Monteiro, do Grupo Nóis de Teatro (Fortaleza- CE), e coordenador artístico/pedagógico do Pontão no Assentamento Todos os Santos - Canindé. A oficina que foi ministrada para o Grupo de teatro Carrapicho teve como objetivo trabalhar com o espetáculo “A Farra do Boi Carrapicho” de forma a finalizar cenas e melhorar o espetáculo. Foram realizados exercícios e ensaios gerais.

Oficina de Cultura para Comunidade – 58 h/a (Relatório em Anexo)
Oficina Ministrada por Audiane Lima. A oficina, que foi ministrada para os jovens do Assentamento Todos os Santos teve como objetivo a iniciação em técnica de artes gráficas para os integrantes do CRID – Centro Rural de Inclusão Digital.

3.5 - CIRCULAÇÃO DOS ESPETÁCULOS MONTADOS PELO PONTÃO

“A Farra do Boi Carrapicho” - Assentamento Todos os Santos – Canindé – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Canindé – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Theatro José de Alencar - Fortaleza – CE; Festival de Cultura UFC – Fortaleza – CE; Mostra Sesc Cariri – Fortaleza – CE; Feira de Agricultura Familiar – Fortaleza – CE; Itatira – CE; Madalena – CE.

Como resultado do acúmulo de experiências do Grupo de Teatro Carrapicho, esse espetáculo foi contemplado com o Prêmio FUNARTE Artes Cênicas na Rua 2009, realizando a circulação do espetáculo por mais oito assentamentos de reforma agrária. Em junho de 2011, o espetáculo está em cartaz no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e já conta com mais de 100 apresentações realizadas.

 “Severino Saltimbanco” - Assentamento Mucuim – Arneiroz – CE         
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Arneiroz – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Nova Russas-CE; Assentamento Serra dos Lopes – Parambu-CE; Assentamento Cachoeira do Fogo – Independência – CE; Mostra SESC Cariri – Juazeiro do Norte – CE; Comunidade Figueiredos – Arneiroz.

O espetáculo “Severino Saltimbanco” esteve também, em 2010, representando o Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, no II Salão Nacional dos Territórios, em Brasília-DF, contanto com uma boa repercussão.

“A Saga de Catirina e Mateus Pela Terra Prometida aos Filhos Seus” - Assentamento Jucá Grosso – Morada Nova – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Morada Nova – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Festival de Cultura da UFC - Fortaleza – CE; Comunidade Lagoa Funda – Morada Nova – CE; Assentamento Coqueirinho - Fortim – CE.

O espetáculo do Grupo Filhos do Sertão, do Assentamento Jucá Grosso, foi também contemplado com o Programa BNB de Cultura 2011 – Parceria BNDES – para a circulação em assentamentos de reforma agrária do Ceará.

“Auto do Caldeirão” - Assentamento Zé Lourenço – Chorozinho – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Chorozinho – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Ocara – CE; Pacajus – CE; Curupira – Ocara; Pacajus – CE; Assentamento Menino Jesus – Chorozinho – CE; Triângulo – Chorozinho – CE.

“Coqueirinho – Terra de Todos Nós” - Assentamento Coqueirinho – Fortim - CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Fortim – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Assentamento Jucá Grosso – Morada Nova – CE; Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte – CE.

“Nossa Terra – Terra de Arte e Cultura” - Assentamento Boa Agua – Banabuiu – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Banabuiu – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Quixadá – CE; Quixeramobim – CE.

“Drama da Lagoa do Mineiro” - Assentamento Lagoa do Mineiro – Itarema – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Itarema – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Assentamento Salgado Cumprido - Itarema – CE; Assentamento Patos / Bela Vista - Itarema – CE.

“Sons da Terra” - Assentamento Lagoa do Mineiro – Itarema – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Itarema – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Assentamento Salgado Cumprido - Itarema – CE; Assentamento Patos / Bela Vista - Itarema – CE.

“Percursos da Natureza” - Assentamento Barra do Leme – Pentecoste – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Pentecoste – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Assentamento Coqueirinho – Fortim – CE; Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte – CE; Comunidade Salgado – Pentecoste – CE.

“Tudo é Brincadeira” - Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Tabuleiro do Norte – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Assentamento Coqueirinho – Fortim – CE; Assentamento Barra do Leme – Pentecoste – CE.

“Ventos e Vales - Caminhos de Seguir” -Assentamento Valparaíso – Tianguá – CE
Apresentações realizadas pelo Pontão: Sede do Município de Tianguá – CE; Festival Terra Viva, Terra de Arte – Canindé – CE; Fortaleza – CE; Ubajara – CE; Viçosa do Ceará - CE

O espetáculo do Grupo Sementes da Terra esteve também, em 2010, representando o Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, no II Salão Nacional dos Territórios, em Brasília-DF, contanto com uma boa repercussão.

3.6 - FESTIVAL DE CULTURA TERRA VIVA, TERRA DE ARTE
(Relatório detalhado em anexo)

O Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte foi uma realização da Associação dos Pequenos Trabalhadores Organizados do P.A. Todos os Santos, através do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, e co-realização do Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária – INCRA-CE. O evento ocorreu no período de 25 a 28 de novembro de 2009, no município de Canindé. A sua programação foi realizada na sede do município e na Casa de Cultura Comunitária do Assentamento de Todos os Santos, tendo um publico estimado em 6 mil pessoas participantes.

Perfil dos participantes do festival

  • 25 Grupos Culturais de 22 Assentamentos da Reforma Agrária do Ceará, localizados em 15 municípios;
  • 01 Grupo de Cultura Popular de 01 Assentamento da Reforma Agrária/ Comunidade Quilombola do Maranhão, localizados no município de Itapecurum Mirim;
  • 10 Grupos de Teatro;
  • 06 Grupos de Dança;
  • 05 Grupos de Música;
  • 05 Grupos convidados.

O Festival teve por objetivos preservar, valorizar e difundir a produção artística e cultural dos assentamentos de reforma agrária do Ceará e de outros estados, gerando intercâmbio de experiências e novas aprendizagens acerca do fazer artístico e da dimensão política da cultura; incentivando a produção e circulação da arte no mundo rural, tendo em vista a centralização dos equipamentos de cultura nos centros urbanos; Outros Objetivos: gerar maior visibilidade dos povos do campo enquanto produtores de cultura; contribuir para que a arte e a cultura passem a ser entendidas como elementos fundamentais no processo de desenvolvimento humano e sustentável das comunidades rurais, assentamentos de reforma agrária.

A programação do Festival contou com:
  • Seminário Terra, Cultura e Cidadania
  • Mesa Redonda “Terra, Cultura e Transformação Social”
  • Painel: Políticas Culturais e Desenvolvimento
  • Palestra: Economia da Cultura
  • Oficinas Artísticas
  • Programação Cultural
  • Dois Dedos de Prosa com Amir Haddad
  • Encontro Formação da Rede Cearense de Cultura
  • Exposição fotográfica Uma Terra Onde Corre Leite e Mel

A Programação cultural do Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte ficou dividida em dois palcos (Palco Patativa do Assaré e Palco Neo Ramos) alternados na praça da Paróquia de São Francisco, em Canindé – CE. A mostra de Teatro da Terra, aconteceu na Praça da Igreja da Basílica, começando no final da tarde, quando os grupos culturais seguiam em cortejo para a programação noturna.

No palco Neo Ramos, entre os dias 25 e 27 de novembro de 2009, tivemos: Grupo Carrapicho (Assentamento Todos os Santos – Canindé), Grupo Muc’Arte (Assentamento Mucuim – Arneiroz), Grupo de Dança Sementes da Terra (Assentamento Valparaiso – Tiangua), Tambor de Crioula (Comunidade Filipa – Assentamento Entroncamento – Itapecurum Mimim – MA), Grupo de Dança Fiara (Assentamento Transval – Canindé), Coletivo de Mulheres Dramistas (Assentamento Lagoa do Mineiro – Itarema), Grupo de Dança Stillus da Terra (Assentamento São Paulo – Canindé), Reisado do Mestre Zé Augusto (Assentamento Cachoeira do Fogo – Independência), Coco de Praia (Assentamento Caetanos de Cima – Amontada), Grupo de Dança Raízes da Terra (Assentamento Ipueira da Vaca – Canindé), Reisado de Ipueira da Vaca (Canindé), que recebe homenagem com o nome do palco (Mestre do reisado já falecido), Grupo de Dança Boartes (Assentamento Boa Água – Banabuiu) e Reisado de Santana (Assentamento Santana – Monsenhor Tabosa). Excepcionalmente, também se apresentou o Grupo Xique-Xique, de Canindé.

No Palco Patativa do Assare, que foi homenageado na noite de encerramento, realizada na sede do Assentamento Todos os Santos, no dia 28, tivemos as seguintes apresentações: Grupo Sonsa da Terra (Assentamentos do Litoral – Amontada e Itarema), Banda de Lata Criança Feliz (Assentamento Recreio – Quixeramobim), Banda Brilho do Mar (Assentamento Caetanos de Cima – Amontada), Banda Os Coivaras (Assentamento Santa Luzia – Caucaia) e Banda Fulo da Aurora (Fortaleza – CE).

Os grupos de Teatro da Terra, que se apresentaram na praça da Igreja da Basílica foram: Caricultura (Assentamento Barra do Leme – Pentecoste), Locomotivas de Teatro (Assentamento Coqueirinho – Fortim), Grupo Filhos do Sertão (Assentamento Jucá Grosso – Morada Nova), Terrearte (Assentamento Barra do Feijão – Tabuleiro do Norte) e Grupo Vida & Arte (Assentamento Zé Lourenço – Chorozinho).

Todas as apresentações ocorreram nos horários previsto de acordo com a programação, com exceção da sexta-feira, dia 27, que teve um atraso de 2 horas por conta de problemas técnicos.

No dia 28 de novembro, a programação do Festival se encerrou no município de Canindé, quando os participantes seguiram de van, carro pequeno e até pau-de-arara, para o Assentamento Todos os Santos, onde aconteceu a programação de encerramento. A comunidade toda se preparou para receber os grupos participantes do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte. Na programação de encerramento tivemos: uma nova apresentação do grupo Carrapicho, da própria sede, o Grupo Nóis de Teatro (Fortaleza – CE), o Grupo de Dança do Assentamento Frazão, que chegou de surpresa, tendo em vista que não estavam na programação e emocionando a todos, tendo em vista que os mesmo caminharam uma hora e meia a pé para participar do encerramento do Festival. Seguimos a programação com as falas de encerramento, homenagem à coordenadora geral do Pontão, Margarida Rodrigues, e Banda de Encerramento.

O festival deixou a grande mensagem do amor pela arte e pela cultura, quando mais de 600 participantes de assentamentos de reforma agrária cearenses se reúnem, para juntos fazerem e mostrarem sua arte.

Destacamos a reflexão sobre a necessidade de apoio, incentivo e fortalecimento por parte do poder publico para iniciativas com esses objetivos: o de fortalecer a identidade dos povos da terra, através do investimento continuado e sustentável no campo da arte, da cultura e da educação.

Como expectativa, ficou encaminhada a realização do II Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte para o ano de 2011, no mês de julho, quando a partir daí, teremos um evento bianual, sempre com foco nos assentamentos de reforma agrária, ampliando também para os povos quilombolas e indígenas.

3.7 - OUTRAS METAS

Criação e Manutenção do Sítio do Pontão (Relatório em Anexo)
A oficina de criação e capacitação para a manutenção do sítio do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte (http://www.terradearte.com.br) foi dividida em duas áreas de conhecimento: ferramentas de comunicação em rede e o uso de folhas de estilo (CSS) para o desenho de layouts web. A oficina abordou os temas previstos (ferramentas de comunicação em rede e o uso de folhas de estilo “CSS” para o desenho de layouts web) e cumpriu o objetivo inicial: a criação e capacitação para a manutenção do sítio do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte usando software livre num aprendizado colaborativo e comunitário.

Residências Artísticas (Relatório em Anexo)
Para as residências artísticas selecionamos grupos que realizaram as residência. Foram realizadas 3 residências artisticas: 01 do Grupo Nóis de Teatro, de Fortaleza, no Assentamento Barra do Leme, em Pentecoste - CE; 01 do Grupo Carrapicho no Assentamento Cachoeira do Fogo, em Independência - CE; e 01 no Escambo Popular Livre de Rua, em São Miguel do Gostoso - RN.

Gravação do CD das Dramistas dos Assentamentos e Espetáculo “Sons da Terra”;
CD lançado com tiragem de 1.000 cópias. O lançamento foi realizado no Assentamento Lagoa do Mineiro, em Itarema, com a participação dos artistas e da comunidade, contando com a participação de 200 pessoas.

Aquisição de equipamentos de teleconferência e comunicação
Câmera fotográfica e cartão de memória; Equipamentos de som (amplificador, caixa de som, microfones, fones de ouvido); Computador; Impressora; Estabilizador; Webcam; Nobreak; Kit tv e dvd;

Material Instalado na Casa de Cultura da Reforma Agrária (Assentamento Todos os Santos)
Câmera filmadora; Tripé profissional; Kit e sistema de iluminação para estúdio; Gravador digital; Mesa de luz e desenho; Microfones sem fio; Microfones com fio; Mesa de som 16 canais; Amplificador; Caixa de som; Folhas de gelatinas; Mesa de iluminação 16 canais, refletor de luz; Cabos, canhões de luz, suporte para canhão, tomadas fêmea e macho; Lâmpadas de 1000 w.

3.8. REALIZAÇÃO DE FÓRUNS E ENCONTROS

Realização do encontro de planejamento das ações do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte
A Reunião de Planejamento das ações do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte e dos Pontos de Cultura do Ceará, ocorreu entre os dias 09 e 10 de março de 2009, no Dispensário dos Pobres do Sagrado Coração de Fortaleza-CE. Entre os objetivos do encontro podemos destacar:

  • Apresentação dos projetos de pontos de cultura aprovados junto à Secretaria de Cultura do Ceará;
  • Discutir o cronograma do 1º ano dos Pontos de Cultura;
  • Realizar palestra de Gestão de Convênios e Prestação de Contas, com Edith Amorim;
  • Apresentação das ações do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, para os pontos beneficiados;
  • Realização da Palestra “O Teatro e a Reforma Agrária – A experiência do Assentamento Mucuim”, com Júnio Santos;
  • Discutir as atividades de capacitação com os facilitados do Pontão;
  • Planejamento do cronograma de atividades do Pontão;
  • Discutir a sistemática de Prestação de Contas e Avaliação.

Como encaminhamentos do Encontro referentes à relação do Pontão com os Pontos de Cultura, podemos destacar:

  • Assessoria na compra de equipamentos do primeiro ano dos Pontos de Cultura;
  • Fortalecimento do intercâmbio entre os grupos culturais dos pontos e do Pontão;
  • Acompanhamento das ações dos Pontos de Cultura;
  • Articulação entre os grupos dos Territórios, no sentido de fortalecimento das iniciativas;

Fórum da Rede Cearense de Cultura
O Fórum da Rede Cearense de Cultura foi realizado em conjunto ao segundo encontro do Pontão de Cultura Terra Viva Terra de Arte, nos dias 29 e 30 de setembro de 2009, no Recanto do Sagrado Coração em Fortaleza-Ce. O encontro teve início às 09h da manhã, com uma síntese de todas as ações do Pontão de Cultura Terra Viva Terra de Arte já executadas até o presente momento. Os facilitadores tiveram a oportunidade de reunidos falarem da importância do encontro, que possibilita experiência positiva e troca de conhecimento. Avaliaram as oficinas como um crescimento de valores para os grupos e para eles, a mudança de comportamento dos jovens que tinha uma visão diferente do seu próprio Assentamento, fazendo com que resgate o potencial que cada um tem no seu interior. Nesse encontro também foi também planejados as ações e a programação do Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte.


4 - DIFICULDADES E AS SOLUÇÕES ADOTADAS

O grande desafio do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte foi a realização simultânea de uma série de atividades em diversas áreas de assentamentos de reforma agrária do Ceará. É importante lembrar da realidade da zona rural , o que muitas vezes complicou a realização de determinados processos. As distancias, as dificuldade de acesso, a chuva e os alagamentos no ano de 2009, além do problema na comunicação, muitas vezes se configuraram como sérios problemas a serem enfrentados na realização desse projeto.

A superação dessas questões vem com o envolvimento de todos os participantes que se sentem parte do processo. Criamos uma verdadeira rede de colaboradores nos assentamentos, articuladores do pontão, o que facilitou e garantiu a realização das atividades. Havia desejo, vontade e necessidade de fazer, então a ação, muitas vezes não partia “daqui para lá”, mas “de lá para cá”, com demandas vindas das próprias comunidades, além da sua presença constante e ligações telefônicas semanais, o que facilitou o acompanhamento das ações realizadas.

Em reunião de avaliação realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada), realizada em outubro de 2010, pudemos sistematizar as questões de avaliação e dividi-la em três momentos, que nos serviram de base para pensar o todo das ações:

Articulação
- Pontos Fortes: Receptividade dos participantes da ação; Realização de encontros periódicos; Assessoria do Projeto Arte Cultura na Reforma Agrária, capacidade de articular outros parceiros, tais como prefeituras municipais, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, entidades culturais;
- Pontos Fracos: dificuldade de comunicação com os grupos artísticos dos assentamentos em função destes não terem acesso a internet, com exceção do assentamento Todos os Santos e assentamento Santana que possuem um CRID, Centro Rural de Inclusão Digital, e dos problemas freqüentes d sinal da rede de telefonia em alguns assentamentos ; Distância geográfica dos assentamentos.
- Soluções Apontadas: Realização de encontros e visitas periódicas às comunidades, embora essa fosse uma demanda de difícil execução, tendo em vista a quantidade de comunidades envolvidas. Contudo, Altemar di Monteiro e Margarida Rodrigues, realizaram visitas periódicas à todas as comunidades envolvidas no processo.

Formação
- Pontos Fortes: Trabalho com profissionais qualificados artisticamente; Liberdade nos processos artísticos; Bons resultados e reconhecimento no seu município e território.
- Pontos Fracos: Falta de apropriação por parte de alguns facilitadores dos processos pedagógicos; Indefinição dos processos artísticos pedagógicos, conceitualmente (enquanto gestor)
- Soluções Apontadas: Capacitação dos facilitadores, com foco na especificidade da ação; Encontros periódicos para discussão desses processos, fortalecendo a horizontalidade.

Difusão
- Pontos Fortes: Reconhecimento conquistado nas comunidades participantes; Acesso às políticas públicas; Intercâmbio entre os envolvidos e com outros (municípios, estado e territórios).
- Pontos Fracos: Dificuldade de acesso a equipamentos culturais; Acesso às redes (sítio, twitter, blogs); Dificuldade de divulgação em Fortaleza
- Soluções Apontadas: Apropriação das redes sociais e outras mídias; Publicação com circular informativo com as ações do Pontão; Divulgação em massa do sitio do Pontão Terra Viva, Terra de Arte.


5 - OBJETIVOS ESTABELECIDOS E ALCANÇADOS

  • Capacitação e aperfeiçoamento em módulos teóricos e técnicos dos grupos artísticos através de oficinas, intercâmbios e residências artísticas, gerando a interação com a cultura popular tradicional, o conhecimento e a experimentação artística e a criação de novas concepções;

  • Capacitação dos grupos na área do empreendedorismo, produção cultural, elaboração de projetos e captação de recursos, visando dotar os grupos de habilidades e ferramentas para a sua sustentabilidade, identificando também as possibilidades advindas da economia da cultura;

  • Incentivo à transmissão de saberes nas comunidades, escolas e novas gerações;

  • Participação dos grupos culturais (teatro, dança) nos eventos fixos do calendário cultural do Ceará e mesmo fora do estado;

  • Articulação com as entidades de Economia Solidária e de Desenvolvimento Territorial (SDT) no sentido de consolidar espaços de difusão da produção cultural dos grupos em Feiras municipais, regionais e estaduais de Economia Solidária, Agricultura Familiar e Reforma Agrária, definindo um calendário anual de programação por região;

  • Articulação junto às Secretarias de Cultura e Educação dos municípios a circulação dos espetáculos montados pelos grupos das diversas áreas artísticas. Um apoio muito importante nesse processo foi o da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Canindé, que se aproximou do Pontão de modo a fortalecer as iniciativas da comunidade;

  • Circulação dos espetáculos produzidos pelo Pontão compondo a grade de programação dos principais equipamentos culturais de Fortaleza: Centro Cultural Banco do Nordeste, Teatro José de Alencar e Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar. Foram realizadas mais de 77 apresentações nos mais diversos espaços do estado do Ceará;

  • Realização do I Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, sendo este o momento de culminância do projeto em relação à produção dos grupos culturais e trocas de experiências entre os mesmos;

  • Realização do Fórum da Rede Cearense de Arte e Cultura na Reforma Agrária, estruturando a rede de articulação e integração entre vários grupos culturais dos assentamentos de reforma agrária.


6 - ALTERAÇÕES OU MODIFICAÇÕES IMPLEMENTADAS E AS DEVIDAS JUSTIFICATIVAS

Não houveram mudanças ou alterações no plano de trabalho, com exceção da prorrogação do prazo de vigência, que foi solicitado em virtude do excesso de chuva durante os meses de abril e maio de 2009, o que inviabilizou a realização de uma série de atividades e atrasou as ações do Pontão.

7 - REPERCUSSÃO NA COMUNIDADE E PÚBLICO ATINGIDO - ABRANGÊNCIA CULTURAL

Os retornos que o Pontão Terra Viva, Terra de Arte trouxeram para as comunidades assentadas foram imensos. O próprio Assentamento Todos os Santos mostra-nos que dificuldades, impostas pelo dia-a-dia, não são capazes de tirar-lhes a determinação de proporcionar às 120 famílias do assentamento o acesso à arte, à educação e à inclusão digital. O reconhecimento desse trabalho foi se dando ao longo desses anos, e os projetos culturais conquistados pela comunidade proporcionaram a realização de noites culturais, oficinas artísticas e intercâmbios, tornando-o referencia no trabalho desenvolvido em área assentada. Hoje, são considerados o Cartão Postal da reforma agrária, fazendo com que, nos últimos anos, a arte e a cultura ganhem espaço nos assentamentos, configurando uma nova dinâmica cultural no município.

Podemos afirmar que o assentamento Todos os Santos tem atuado como dinamizador na área da cultura e de inclusão digital, se tornando uma referência no município de Canindé e no Ceará. Nesse contexto, a maior vitória é a geração de novas oportunidades para a juventude do campo, com o estímulo ao surgimento de novos grupos culturais, a formação de gestores na área de inclusão digital, a difusão da cultura popular em seus espetáculos e a permanência dos jovens nas suas comunidades de origem. Um outro aspecto a ser destacado como uma importante conquista é o reconhecimento que a comunidade passou a adquirir frente ao município e a entidades culturais no âmbito municipal, estadual e federal.

São mais de dez anos de história de luta, resistência e conquista cultural, com atividades desenvolvidas no campo das Artes Cênicas (Grupo de Teatro Carrapicho), Literatura (Arca das Letras), Inclusão Digital (CRID) e mais recentemente Audiovisual (Cine Mais Cultura). Pólo de Cultura da região de Canindé (CE), o Assentamento Todos os Santos tem, nesses últimos anos, tem se configurado como a alternativa de cultura e lazer para as comunidades assentadas circunvizinhas, que vêem no Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, um espaço de garantia do acesso aos bens culturais de forma igualitária e democrática. Nesse espaço de difusão e fruição artística e cultural, têm-se desenvolvido noites culturais com apresentações de espetáculos de teatro, dança e circo de grupos e cias de todo o Ceará, oficinas artísticas e cursos de computação, além da exibição de filmes e outros eventos comunitários.

Entendemos o Pontão de Cultura também como um espaço de formação de platéia nas comunidades assentadas, tendo em vista a exibição de espetáculos artísticos, debates e realização de oficinas. Partimos do principio da formação de apreciadores de arte e cultura, através da arte-educação com foco nas linguagens, investindo na reflexão para a fruição do espetáculo. Hoje, as comunidades possuem consumidores de arte e de cultura, que possuem a necessidade de produção cultural e artística de qualidade. O Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte formou platéia em suas ações. As comunidades assentadas esperam ansiosas a realização de atividades culturais no entorno, tendo em vista a escassez de opções de atividades de lazer na zona rural.

As comunidades criaram a tradição de acompanhar as atividades realizadas na comunidade. Pais, amigos e outros familiares têm acompanhado as atividades comunitárias, através do apoio e da própria organização das ações culturais. Trata-se de uma vida comunitária, identificada pelas necessidades de espaço, tempo e direção local da zona rural, que possui uma forma diferenciada de lhe dar com a própria vida, no que concerne a produção, fruição, pensamento e lazer. As atividades realizadas pelo Pontão afirmam essas relações e garantem a permanência da juventude no campo que se vê sem opções de integração e convivência.

Através do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte tivemos também a freqüência de outros espectadores, através da realização de intercâmbios e residências com os demais 19 assentamentos cearenses participantes da ação, além de outros grupos de outros municípios e da capital Fortaleza. Colaboramos para que todos os assentamentos participantes do Pontão conhecessem a iniciativa de Todos os Santos, gerando intercâmbios e troca de idéias.

As noites culturais realizadas em cada comunidade chegam a contar com mais de 300 participantes, entre jovens, crianças e idosos, do próprio assentamento e do entorno. Assim, se calcularmos o numero de beneficiados direta e indiretamente com essa atividade, temos um numero de 100 mil pessoas, dos assentamentos, municípios, equipamentos culturais, grupos, entidades e parceiros envolvidos.

Em novembro de 2009 , com a realização do I Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, os assentamentos envolvidos mostraram a capacidade de organização, produção e articulação da Rede de Arte e Cultura na Reforma Agrária. Nosso principal parceiro, o Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária (PACRA), do INCRA-CE, compõe hoje a coordenação do GT Nacional de Arte e Cultura na Reforma Agrária, articulando com mais 10 estados uma rede nacional de arte e cultura em assentamentos, garantindo, através do apoio do Ministério da Cultura, ações que possibilitarão a articulação de intercâmbios e troca de experiências, tendo em vista que a iniciativa do Ceará é pioneira e referência nacional. O Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte compõe uma das principais diretrizes de ação do PACRA, tendo acompanhamento direto de suas ações, no que concerne ao apoio e fortalecimento dessa rede, bem como da sua articulação nacional.

Retornos Artísticos e Culturais
  • Consolidação de novos espaços que possibilitem os artistas do campo difundir a sua produção cultural.
  • Funcionamento da Rede Cearense de Arte e Cultura na Reforma Agrária;
  • Diálogo entre a produção artística e cultural da reforma agrária com a produção cultural dos movimentos da periferia de Fortaleza, do movimento de Socioeconomia Solidária e da produção cultural do Ceará como um todo.
  • Fortalecimento dos grupo de dramistas do Assentamento Lagoa do Mineiro.

Retornos Sociais
  • Contribuição efetiva para a democratização das políticas públicas voltadas para a valorização da cultura nos municípios do interior do Ceará, e o reconhecimento dessa produção artística e cultural em nível estadual e nacional.
  • Sedimentação dos grupos de teatro, dança e música, assumindo o protagonismo na consolidação de espaços de atuação em suas comunidades e municípios com 07 grupos de dança, 07 grupos de teatro, 03 grupos de música com atividades contínuas.
  • Dinamização dos assentamentos como espaços culturais comunitários, utilizando as casa sedes e outros espaços para intercâmbios e realização de eventos culturais.

Retornos Econômicos
  • Assentados e assentadas com formação básica nas áreas de artes cênicas e música.
  • Protagonismo dos grupos na articulação junto às prefeituras municipais, aos movimentos sociais e organizações não-governamentais visando o envolvimento das mesmas nas ações desenvolvidas.
  • Melhoria da renda dos grupos, especificamente das bandas de música com a inserção das mesmas no mercado local.
  • Ampla divulgação da produção dos grupos dos assentamentos, tais como os espetáculos cênicos (teatro e dança), apresentações musicais, com a distribuirão dos CDs, gerando cachê nas apresentações e renda com a comercialização de produtos culturais.


8 - CONTRAPARTIDA DA CONVENENTE

Oficinas artísticas e de formação de redes (Relatório em Anexo)
O Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte cumpriu essa contrapartida através da realização de oficinas de Teatro, Contação de Histórias e Dança nos Assentamentos de Reforma Agrária do município de Canindé. Os facilitadores das oficinas foram Emanuel Rodrigues e Natanael Rodrigues, ambos do Grupo de Teatro Carrapicho. Foram realizadas 34h/a por mês, totalizando 402 h/a em um ano.

Alimentação oficinas de dança, música e outros (três refeições diárias)
As comunidades envolvidas nos processos de oficinas e montagem mobilizaram-se para garantir a alimentação dos oficineiros e participantes das atividades.

Monitoria local, Aluguel de computadores e Hospedagem dos Oficineiros
Essas três contrapartidas foram cumpridas na realização da oficina de criação e manutenção do sítio do pontão no Assentamento Todos os Santos, em Canindé. Conforme previsto na contrapartida, o CRID – Centro Rural de Inclusão Digital – disponibilizou, para as ações do Pontão, 03 computadores durante os meses de atividades do projeto.

9 - DIVULGAÇÃO DO PROJETO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O principal meio de divulgação das ações do projeto foi a confecção de folderes e a publicação de informações no sitio terradearte.com.br. Foram confeccionados 3.000,00 folders, 14 banners e 438 camisas, entre as atividades gerais do pontão e o Festival de Cultura Terra Viva, Terra de Arte.

O crédito do Ministério da Cultura foi inserido em todas as peças promocionais (folderes, banners, camisas, cd’s, etc), com destaque de “Patrocínio”, com o uso das logomarcas do Programa Cultura Viva e do Ministério da Cultura, associados à marca “Brasil: Um País de Todos”.

Materiais de Divulgação e Forma de Distribuição
  • 14 Banners: Casas de Cultura Comunitárias e Casas Sede dos Assentamentos e comunidades rurais participantes do Pontão;
  • 3.000 Folderes: Associações Comunitárias dos Assentamentos; Escolas; Secretarias de Cultura dos Municípios e do Estado; INCRA/CE; Pontos de Cultura; Comitês de Cultura e Desenvolvimento dos Territórios do Sertão Central; Inhamuns Crateús; e Itapipoca.
  • Sítio eletrônico: Ampla divulgação para lista de contatos de Pontos de Cultura do Ceará; Rede Cearense de Arte e Cultura na Reforma Agrária; Comitês de Cultura e Desenvolvimento dos Territórios; Instituições parcerias; e interessados em geral.

Outros materiais publicados
  • Vídeo (20 minutos) – Resumo com as atividades do pontão, distribuído para os Pontos de Cultura do Ceará; Rede Rede Cearense de Arte e Cultura na Reforma Agrária; Comitês de Cultura e Desenvolvimento dos Territórios; e Instituições parceiras;
  • Camisetas Promocionais – Entregues aos grupos culturais participantes; equipe de coordenação; e equipe técnica;
  • CD das Dramistas dos Assentamentos e Sons da Terra – 1.000 exemplares distribuídos para os grupos de Drama; Pontos de Cultura do Ceará na área de musica; rádios local e da região de Itapipoca.

Festival Terra Viva, Terra de Arte
O momento de maior visibilidade das ações do Pontão de Cultura Terra Viva, Terra de Arte, foi a realização do Festival Terra Viva, Terra de Arte, em novembro de 2009. Contamos com a assessoria de imprensa de Naara Vale, o que colaborou para a difusão das ações do Pontão.

As ações do Festival e do Pontão podem ser visualizadas nos seguintes links:

Jornal Jangadeiro: 26/11/2009

Globo Rural – TV Globo: 27/11/2009

Diário do Nordeste: 25/11/2009

Jornal O Povo: 25/11/2009

G1 – site de notícias da Globo 27/11/2009

Adital – 03/11/2009
Adital – 26/11/2009

Tembiu – 09/11/2009

Jangadeiro Online – 03/11/2009

Incra

Secult

Antonio Viana: 26/11/2009

Ponto por Ponto (Thereza Dantas):

Prefeitura de Canindé:

Blog de Canindé

Central de noticias:

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