O Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária (PACRA) / INCRA-CE iniciou suas atividades em 2003, na gestão de Eduardo Barbosa no INCRA/CE. O Projeto surgiu a partir de uma demanda dos assentamentos de reforma agrária de apoio às atividades de cunho artístico-cultural desenvolvidas nessas comunidades. Inspirando-se na experiência do INCRA-CE ocorrida em 1995, que envolvia um mapeamento das atividades culturais dos assentamentos do estado do Ceará, a servidora Silma Magalhães, que se tornou a coordenadora do PACRA, retomou atividades no âmbito da Cultura, quando então foi realizado o I Seminário Arte e Cultura na Reforma Agrária, que teve participação de diversos setores interessados: assentados e assentadas de grupos artísticos, lideranças dos assentamentos, representantes dos movimentos sociais do campo, gestores e profissionais da cultura em geral. Esta atividade apontou as áreas de atuação do projeto e as suas prioridades, o que foi o passo inicial para que este começasse a funcionar.
Desde então o PACRA passou por uma gradual expansão, envolvendo cada vez mais grupos artísticos e mais assentamentos, ajudando a estabelecer a rede de arte e cultura na reforma agrária, de forma a organizar as demandas desses grupos e tentar supri-las pelo desenvolvimento de atividades, seja por financiamento/apoio de instituições parceiras, seja por concorrência em editais de cultura. Como fruto do reconhecimento nacional dessa ação pelo INCRA e em outras instituições que desenvolvem atividades no campo da cultura (MinC, SEBRAE, MDA, PETROBRÁS), foi criado o GT Nacional de Cultura na Reforma Agrária, também coordenado por Silma Magalhães, que visa expandir e consolidar o projeto nos diversos estados do país, o que simboliza a legitimidade da qual dispõe hoje. O fato é que o PACRA, em conjunto com os próprios assentados e assentadas e os parceiros, instituições e pessoas, vem conseguindo proporcionar atividades de formação, difusão, intercâmbio, registro e preservação da produção artístico-cultural dos assentamentos de forma a valorizar a diversidade desta produção, proporcionando uma nova perspectiva para desenvolvimento para os assentamentos rurais, gerando novas oportunidades de formação, geração de renda e de reconhecimento dos assentados enquanto produtores de cultura.
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